Da financeira à operacional, ou à legal, há um intangível crítico: a reputação. Um ativo particularmente importante para empresas de contabilidade e consultoria financeira, dado o seu papel central na gestão de informações sensíveis de clientes, como dados financeiros, estratégias de investimento e até informações confidenciais sobre fusões e aquisições, tornando a cibersegurança um fator essencial para a proteção dessas informações. Quando essas informações são comprometidas, a confiança é abalada — e recuperá-la pode levar anos.

Empresas deste setor operam num ambiente altamente regulado, onde o cumprimento de normas de proteção de dados, como o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD), é fundamental. A violação dessas normas, seja por negligência ou falhas de segurança, pode resultar não só em sanções financeiras, mas também expor a empresa a um escrutínio público negativo. Em caso de ciberataque, as consequências vão além das perdas financeiras diretas — a imagem da empresa é afetada, levando clientes e parceiros a repensar a relação.

Além disso, a perceção pública de uma empresa afetada por um ciberataque muda drasticamente. Num setor onde a confiança é essencial, uma falha pode significar a perda imediata de clientes e dificuldades em atrair novos negócios. O impacto pode ser ainda pior se a resposta ao incidente for ineficiente ou demorada, reforçando a sensação de vulnerabilidade.

Para mitigar esses riscos, é essencial adotar boas práticas de cibersegurança. Isso inclui:

• Políticas rigorosas de proteção de dados, garantindo que todas as informações sejam encriptadas e armazenadas com segurança.
• Atualização contínua dos sistemas, prevenindo vulnerabilidades exploradas por hackers.
• Auditorias de segurança periódicas, identificando e corrigindo fraquezas antes que sejam exploradas.

Outro pilar essencial é a formação contínua dos colaboradores. Muitos ciberataques, como phishing, exploram o erro humano. Capacitar a equipa para reconhecer ameaças reduz significativamente a possibilidade de ataques bem-sucedidos.

Finalmente, em caso de ciberataque, a transparência na comunicação com os clientes é crucial. Informar rapidamente sobre o que ocorreu, quais medidas foram tomadas e como a empresa pretende reforçar a segurança pode mitigar danos reputacionais. Uma resposta responsável e proativa preserva as relações comerciais e fortalece a confiança dos clientes a longo prazo.